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É difícil precisar o momento certo para procurar ajuda profissional. Afinal de contas, qual o limite do que consideramos normal, se o padrão de normalidade está cada vez mais inexato? Até quanto de dor emocional você é capaz de suportar sem pedir socorro?
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Quando o assunto é dor física, fica bem mais fácil resolver. Se quebrarmos a perna ou o braço, logo procuramos um ortopedista, pois a dor é insuportável. Mas e quando a dor insuportável fica em um lugar não palpável, não visível? Não dá pra engessar o coração, depois dele ter se partido? Sim. Dá. E isso é muito pior, pois não se dá no plano físico. Muitas vezes, quando partimos nosso coração, o engessamos e nos fechamos para novas experiências sentimentais. Não é como o gesso da perna e do braço, que depois de algumas semanas, voltamos no ortopedista pra tirar. É um tipo de gesso, que só podemos tirar, dissolvendo mágoas.
Então quer dizer que devemos fazer terapia toda vez que partirmos nosso coração? Eu aposto no sim. Você deixaria de ir ao ortopedista se quebrasse a perna? Ficaria semanas, meses ou até mesmo anos, sentindo aquela dor? Pois é isso que a maioria das pessoas faz com suas dores sentimentais.
Há certo preconceito em se fazer terapia. Acredito que as pessoas pensam que, ao procurar ajuda terapêutica, elas estão admitindo que algo está indo mal em suas vidas. Somos obrigados a estar sempre felizes, contentes e bem sucedidos? Nós temos decepções amorosas, familiares, profissionais, sociais, desde que nascemos até morrermos. Não é muito incoerente achar que poderemos em algum momento levar uma vida perfeita? Os problemas, as decepções e desilusões fazem parte do viver.
São para isso que existem psicólogos, psiquiatras, arteterapeutas, terapeutas holísticos, astrólogos, numerólogos, etc. Para ajudar as pessoas a viverem melhor, a se entenderem melhor, a se encontrarem consigo mesmas. Porque é só olhando pra dentro e conhecendo a si mesmo que o indivíduo ganha autonomia e que ele se torna inteiro, completo.
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Você pode não estar em depressão profunda, mas pode se beneficiar com a terapia, se está passando por um período difícil, conturbado da vida. Com a terapia você pode evitar chegar nesse limite. Você pode não estar com manchas de estresse pelo corpo, mas se procurar a terapia quando a ansiedade e as tensões do dia-a-dia começarem a te engolir, você pode evitar chegar nesse limite. Você pode não ter perdido anos a fio da sua vida trabalhando com o que não gosta e se submetendo aos desejos alheios, mas se procurar a terapia quando a pressão começar a tirar seu sono, pode evitar chegar nesse limite.
Por que procurar ajuda somente quando estamos no nosso limite?
Não é só o corpo físico que precisa estar saudável, o indivíduo por inteiro precisa estar em busca da saúde. Precisamos ter a consciência de que terapia não é supérfluo! É necessidade de muito mais gente do que se pensa.
E então, o que pensa sobre isso? Você precisa de terapia?
*Texto elaborado por Raquel Souto para o blog da Oficina da Comunicação.
Raquel Souto é Arteterapeuta e Terapeuta Reiki e atua na Oficina da Comunicação desde fevereiro de 2009.
Adorei! Essa é a pura verdade!
ResponderExcluirÉ difícil para todos nós aceitamos que algo vai mal com a gente, isso nos dói.
Mas também é inaceitável deixar de procurar por ajuda quando necessitamos. Precisamos exercitar essa busca por nos melhorar, por nos querer bem, por nos querer sentir melhor, a maioria das pessoas sequer se lembra de procurar se sentir bem consigo.
Devemos SIM aceitar que temos problemas, afinal todos sem exceção os temos, mas também devemos aceitar e crer que para todos eles há uma solução, e que para resolvê-los poderemos obter uma grande ajuda através da terapia, que irá nos auxiliar em resolver esses problemas da melhor forma possível e no tempo certo.
Resolvendo um problema teremos força para resolver outros.
E é para isso que vivemos, para solucionar problemas e aprender com eles.