segunda-feira, 16 de agosto de 2010

O papel da mulher moderna


O papel da mulher moderna

Falar da mulher do século XXI é bem mais complexo do que parece. Falo isso porque sou mulher e sei que está sendo tão difícil para nós, quanto para os homens. Foram muitas mudanças, acúmulo de funções, a jornada diária parece que ficou maior, ou seja, múltiplos papéis nesta novela da vida.
As mulheres de hoje tiveram uma história diferente das meninas que nasceram nos últimos anos. Algumas delas já são mães, outras optaram por não ter filhos; algumas estão casadas, outras se separaram, e ainda há um grande número solteiras; umas preferiram se dedicar ao trabalho, moram sozinhas, são super independentes, outras trabalham, mas ainda moram com os pais esperando a chegada do tão sonhado príncipe. Mas uma coisa todas podem dizer: o papel da mulher mudou!
Desde os primeiros capítulos, ainda na infância, as meninas foram ensinadas a brincar de atividades mais individualistas, ganharam bonecas que se tornaram suas “filhas”, panelinhas para se imaginarem cozinhando e arrumando a mesa para o jantar, ferro de passar para brincarem com uma mini tabua onde colocam a camisola da mãe para fingir que estão passando, fora o quadro negro para treinarem a professorinha que existe dentro de cada uma. Enquanto isso os meninos estão praticando esportes, conseqüentemente cuidando do corpo, atividades em grupo, estimulando a integração, a comunicação interpessoal e a socialização.
Quando adolescentes, as meninas começam a andar em grupinhos de amigas e com seu Diário trancado a sete chaves. Mas como não treinaram muito as diferenças entre os gêneros sempre há uma briguinha, ciúmes da amiga e também começam as primeiras batalhas nesta guerra dos sexos...
Como amadurecem mais rápido que os meninos, passam pelo rito de passagem (menstruação), viram mulheres e são preparadas para o casamento, para formar uma família, ter filhos... Mas de uns tempos pra cá, após a Revolução Sexual de 70, muita coisa mudou.     
O problema é que: o que elas faziam antes, continuam fazendo agora, com algumas ajudas da tecnologia é claro, mas acumularam suas funções. As mulheres modernas trabalham fora, muitas têm filhos, marido, outras se viram sozinhas, ainda tem que cuidar da casa, das contas, além de cuidarem da saúde, do corpo, da beleza... Ufa! É muita coisa para fazer em 24 horas, ainda bem que conseguem fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo! (comprovado cientificamente).
As meninas de hoje jogam futebol, lutam judô, brincam de carrinho e a professorinha deu lugar a executiva com seu mini laptop. Trocaram seus diários trancados a sete chaves por blogs onde expressam o que pensam sem medo. Quando chegam na fase em que estão prontas, as mulheres querem explorar o mundo, ter dinheiro para pagar suas contas, comprar suas coisinhas e entram no caminho da independência. Tanto as meninas quanto os meninos estão interagindo mais, diminuíram os grupos da “Luluzinha e do Bolinha”. Assim estão curtindo uma vida mais saudável, com mais qualidade de vida e com menos tabus. 
Mas, e os homens? Como eles estão reagindo a estas mudanças? Afinal, eles foram criados por mulheres do século passado. E muitos vivem a repetir a famosa frase: ”Vocês não queriam igualdade? Agora agüenta!”. E lá se foi a gentileza e o cavalheirismo...?!?!  
E você? O que pensa a respeito disso? Deixe aqui sua mensagem e conte sua história pra nós.  


Texto elaborado por Barbara Rodrigues para o blog da Oficina da Comunicação.
Barbara Rodrigues é Arteterapeuta e atua na Oficina da Comunicação desde fevereiro de 2008.

3 comentários:

  1. Nossa, meu primeiro comentário é que o texto é realmente um resumo das nossas questões do dia-a-dia, só a mulher tem essas dúvidas sobre que papel deve desempenhar num determinado momento. Os homens vivem suas vidas com um mesmo personagem: ele mesmo. Eles não se preocupam se temos nossas carências, se temos nossas dúvidas, apenas acham que se lutamos por direitos iguais, temos que nos virar e aceitar isso.
    Eu ainda acredito que existam homens que valorizem cada papel desempenhado por nós e essa crença faz com que todas nós sonhe encontrá-lo. Qualidades e defeitos todos nós temos, buscar o equilíbrio, respeitar as diferenças e amar, são as melhores sensações que podemos ter.
    Ainda continuaremos a nos questionar, mas o que seria do futuro se não buscássemos as respostas... Com certeza, conversaremos muito sobre isso, Babi, eu adoro!!!!! Bjs

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  2. Acho que muitas de nós, mulheres, acabam acumulando as funções porque não querem abrir mão do modelo antigo de mulher, mas querem se sentir como mulheres cosmopolitas. A maioria vai dizer que se ela não fizer os serviços domésticos, ninguém vai fazer e a casa vai virar uma verdadeira zona, que se ela não fizer tudo pelos filhos ninguém vai fazer, mas a verdade é que eles acabam fazendo, se a gente não estiver se sentindo culpada por isso. Se as blusas dele não estão passadas para ele ir trabalhar de manhã, ora, que ele passe assim como você faz com as suas. E acreditem, eles vão fazer. Basta dar uma oportunidade. Mas aí vem o medo de perder o marido... Então ouça essa frase se repetir na sua cabecinha: Se ele te largar porque você não passa a roupa dele, é porque ele quer uma empregada e não uma esposa! Cai fora, ou contrate alguém para fazer o serviço que você não está dando conta. Ah! Mas a mulher sempre tem que dar conta de tudo... Nós somos as culpadas por esse acúmulo de funções. Nós ainda pensamos com a cabeça do século IX!!! Ou a gente realiza de vez a mulher moderna, ou continuaremos criando homens machistas... igualzinho a nossa sogra!

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  3. Pois é mulheres! Ser esta mulher do século XXI é pegar o melhor que nossas ancestrais fizeram e inovarmos, customizar, renovar, é hora de pensarmos em nós primeiro! Uma nova Amélia, isso sim é uma mulher de verdade!!

    Acho que está na hora de iniciarmos o nosso projeto de Arteterapia em grupo: T.P.M. (TERAPIA PARA MULHERES), vamos ter mta coisa pra conversar... rs! Bjs!!

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